top of page

Membrana Epirretiniana: o que é e quando operar?

  • admdrricardonakagh
  • 12 de nov.
  • 2 min de leitura

A membrana epirretiniana (MER) é uma condição ocular caracterizada pela formação de uma fina película de tecido sobre a superfície da retina, especialmente na região da mácula — área responsável pela visão central e pela percepção de detalhes finos.

Essa película pode provocar distorção e espessamento da retina, levando a alterações visuais de intensidade variável, que vão desde pequenas distorções até perda importante da acuidade visual.

ree

Principais sintomas

Os sintomas da membrana epirretiniana variam conforme o grau de espessamento e tração sobre a mácula. Entre os mais comuns, destacam-se:

  • Visão borrada

  • Metamorfopsia (linhas retas parecem onduladas)

  • Diplopia (visão dupla)

  • Diferença no tamanho das imagens entre os olhos (aniseiconia)

  • Redução da acuidade visual central, nos casos mais avançados

Esses sintomas costumam surgir de forma gradual, e muitas vezes o paciente demora a perceber que há algo errado com a visão central.


Por que a membrana se forma?

A maioria dos casos de MER é idiopática, ou seja, surge sem uma causa identificável. No entanto, a condição também pode estar relacionada a outros fatores, como:

  • Inflamações intraoculares

  • Procedimentos oculares prévios, como cirurgias de catarata ou de retina, fotocoagulação a laser e crioterapia

  • Descolamento posterior do vítreo (processo natural do envelhecimento)


Estudos indicam que a membrana epirretiniana pode afetar até 11% da população idosa, com prevalência crescente após os 60 anos.


Diagnóstico preciso com exames de imagem

O diagnóstico da MER é feito através de exames de imagem de alta precisão, principalmente a tomografia de coerência óptica (OCT).

Esse exame é capaz de detectar alterações na mácula antes mesmo do aparecimento dos sintomas, permitindo o acompanhamento e a decisão sobre o momento mais adequado para intervir.


Quando operar?

Nem toda membrana epirretiniana exige cirurgia. Em muitos casos, especialmente quando os sintomas são leves e a acuidade visual permanece estável, o tratamento consiste apenas em acompanhamento clínico regular com exames periódicos.


A indicação cirúrgica é considerada quando o paciente apresenta:

  • Sintomas visuais mais intensos

  • Queixa importante de metamorfopsia

  • Comprometimento funcional que afeta a qualidade de vida

Nessas situações, o tratamento indicado é a vitrectomia via pars plana, associada ao peeling da membrana, uma cirurgia delicada que visa restaurar a anatomia da retina e melhorar a qualidade visual.


Avaliação individualizada é fundamental

A decisão sobre operar ou não depende de uma avaliação cuidadosa de cada caso. O oftalmologista especialista em retina analisa fatores como o grau de distorção, os riscos cirúrgicos e o potencial de recuperação visual.


Em pacientes com glaucoma avançado, por exemplo, a indicação deve ser ainda mais criteriosa, considerando o equilíbrio entre benefício e segurança.


Conclusão

A membrana epirretiniana é uma condição relativamente comum em pessoas acima dos 60 anos e, na maioria das vezes, evolui lentamente. O diagnóstico precoce e o acompanhamento com um especialista em retina são essenciais para preservar a visão e garantir o melhor prognóstico possível.


Se você percebe distorções visuais ou visão borrada, procure avaliação especializada.A prevenção e o acompanhamento regular continuam sendo o melhor caminho para manter a saúde ocular em dia.

 
 
 

Comentários


bottom of page