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Vamos falar sobre Ptose Palpebral?

  • admdrricardonakagh
  • 1 de jun.
  • 2 min de leitura

Você já ouviu falar em "pálpebra caída"? Esse é o nome popular da ptose palpebral, uma condição em que a pálpebra superior fica mais baixa do que o normal, podendo inclusive comprometer a visão.


Tipos de ptose:

🔹 Congênita: presente desde o nascimento, geralmente causada por uma malformação do músculo que levanta a pálpebra (músculo levantador da pálpebra superior – MLPS).

🔹 Adquirida: pode surgir ao longo da vida e tem várias causas, como:


Aponeurótica (a mais comum, especialmente em idosos): ocorre devido à desinserção ou enfraquecimento da aponeurose do MLPS, frequentemente relacionada ao envelhecimento, uso prolongado de lentes de contato, cirurgias oculares prévias ou traumas.


Miogênica: como miastenia gravis e distrofias musculares


Neurogênica: como paralisia do 3º par craniano ou síndrome de Horner


Mecânica: como tumores ou cicatrizes que aumentam o peso da pálpebra


Sinais clínicos comuns na ptose:

✔ Elevação do mento (o paciente “compensa” a pálpebra caída levantando o queixo) – comum em crianças

✔ Perda do campo visual superior

✔ Elevação das sobrancelhas e rugas na testa, causadas pela contração constante do músculo frontal na tentativa de abrir mais os olhos

✔ Sensação de peso nas pálpebras e dificuldade de manter os olhos abertos


Durante a avaliação clínica, analiso a gravidade da ptose, o funcionamento dos três músculos responsáveis pela abertura da pálpebra superior:

🔹 Músculo levantador da pálpebra superior (MLPS): principal responsável pela elevação da pálpebra

🔹 Músculo de Müller: contribui com uma pequena elevação adicional (1–2 mm), de ação simpática

🔹 Músculo frontal: age de forma compensatória, erguendo as sobrancelhas em tentativa de melhorar a abertura palpebral


Também, avalio o filme lacrimal e a sensibilidade da córnea entre outros aspectos técnicos essenciais.


Destaco que cada caso deve ser analisado com cuidado. Muitas vezes, a cirurgia é indicada, mas a decisão deve ser individualizada, considerando a causa, a anatomia e a funcionalidade da pálpebra.


Se você notou queda da pálpebra ou alterações na abertura dos olhos, procure um especialista. Um olhar treinado faz toda a diferença no diagnóstico e no sucesso do tratamento.

 
 
 

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